Jangada: crítica | literatura | artes: Anúncios https://revistajangada.ufv.br/Jangada <p>A <strong><em>Jangada</em>: crítica, literatura, artes</strong>, ISSN 2317-4722, <strong>Qualis - CAPES:</strong> B1, é uma publicação eletrônica de periodicidade semestral, editada pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosa - UFV, juntamente com um corpo de pesquisadores, artistas e escritores de diversas instituições de ensino públicas e privadas e organizações não governamentais.</p> <p>A <em><strong>Jangada</strong></em><em> </em>publica artigos de caráter teórico que contemplem áreas cujo objeto de estudo seja a linguagem em suas diversas manifestações, tais como os segmentos de <em>Estudos Literários</em>, <em>Crítica Literária, </em><em>Tradução</em> e<em> reflexões sobre as manifestações estéticas das Artes em geral. </em></p> <p>Gerida por professores e pesquisadores, sua missão é ser veículo de divulgação de trabalhos relevantes produzidos em instituições nacionais e estrangeiras, e seu objetivo é fomentar o diálogo acadêmico de alto nível entre pesquisadores das diversas áreas do conhecimento que têm as Letras como objeto de estudo.</p> <p>Os trabalhos submetidos à publicação podem estar em forma de artigo, ensaios, entrevistas ou resenhas de livros; devem ser inéditos e não ter sido (ou estar sendo) submetidos a outra publicação. Aceitam-se textos redigidos em português, inglês, francês e espanhol. Para outras informações, veja as Normas para elaboração e submissão de trabalhos.</p> <p>Ressalta-se que opiniões e ideias emitidas são de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es). A Instituição ou quaisquer organismos editoriais vinculados à <em><strong>Revista Jangada </strong></em>não se responsabilizam pelo conteúdo dos artigos.</p> <p>_________________</p> <p>La Revue <strong><em>Jangada</em>: critique, littérature, arts</strong>, ISSN 2317-4322, est une publication électronique semestrielle éditée par le Programme d'études supérieures en Lettres de l'Université Fédérale de Viçosa-UFV, Centre de Sciences Humaines, Lettres et Arts-Département de Lettres-DLA, avec un corps de chercheurs, d'artistes et d'écrivains provenant de divers établissements d'enseignement publics et privés et d'organisations non gouvernementales.</p> <p>La <strong><em>Jangada</em></strong> publie des articles de caractère théorique concernant les champs qui ont pour objet d'étude la langue dans ses diverses manifestations, telles que les segments des études littéraires, de la critique littéraire, de la traduction et des réflexions sur les manifestations esthétiques des arts en général..</p> <p>La revue a pour mission d'être un véhicule de diffusion d'oeuvres pertinentes produites dans les institutions nationales et étrangères et son but est de promouvoir le dialogue de haut niveau académique entre les chercheurs de divers domaines de la connaissance qui ont les Lettres comme un objet d'étude.</p> <p>Les travaux soumis pour publication peuvent être sous forme d'article ou compte rendu de mémoires et de thèses soutenues récemment ; ils doivent être inédite et ne pas avoir (ou être en train d’être) été soumis à une autre publication. On accepte aussi des textes écrits en portugais, en français, en anglais et en espagnol. Pour d’autres informations, voir les règles pour la préparation et la soumission des documents.</p> <p>Il est à noter que les auteurs sont les seuls responsables par les opinions et les idées exprimées dans leurs textes. L'institution ou n’importe quels d’autres organismes éditoriaux liés à la Revue <em><strong>Jangada</strong></em> ne se responsabilisent pas par le contenu des articles.</p> <p>_________________</p> <p>La <strong>Revista Jangada</strong> publica artículos y ensayos de carácter teórico producidos por docentes y alumnos dentro de áreas cuyo objeto de estudio sea el lenguaje y sus diversas manifestaciones, tales como Estudios literarios, Crítica, Traducción y Artes con el objetivo de difundir la producción académica dedicada a dichas áreas, ya sea en el contexto brasileño o internacional; además, se publican reseñas de libros y entrevistas.</p> <p><strong>Atención: </strong>Solo se aceptarán contribuciones de artículos y ensayos de alumnos de grado cuando los mismos han sido producidas en coautoría con un doctor. Se aceptan reseñas y traducciones. <strong>Textos en coautoría deben tener como máximo dos autores</strong>. Artículos con más autores serán rechazados.</p> <p>Se reciben trabajos para publicación en flujo continuo en portugués, inglés, español y francés (siempre acompañados por título, resumen y palabras clave en ambas lenguas, portugués y la lengua del artículo). Los trabajos recibidos serán evaluados por miembros del Consejo editorial a través del sistema por pares doble ciego, o por evaluadores ad hoc, y se publicarán los artículos que sean aceptados por ambos evaluadores.</p> <p>Aunque se puedan enviar trabajos en flujo continuo, los artículos enviados a números temáticos deben respetar las fechas establecidas en la convocatoria.</p> <p> </p> pt-BR Tecendo fios entre a literatura e a canção popular brasileira https://revistajangada.ufv.br/Jangada/announcement/view/18 <p><strong>__________________</strong></p> <p><strong>NOTA: Devido a grande demanda de artigos recebidos para a seção "Varia", temporariamente estamos recebendo apenas contribuições que atendam à chamada do dossiê "Tecendo fios entre a literatura e a canção popular brasileira". (17/01/2024)</strong></p> <p><strong>__________________</strong></p> <p> </p> <p><strong>[<em>English version below</em>] [<em>Version en français en bas</em>] [</strong><strong><em>Versión en español abajo</em></strong><strong>]</strong></p> <p><strong> </strong>Chamada para a submissão de artigos, <em>Revista Jangada</em>, Nr. 22 </p> <p>Dossiê: <strong>Tecendo fios entre a literatura e a canção popular brasileira </strong></p> <p><em>Prazo para a submissão de artigos: <strong>30 de</strong> <strong>março de 2024</strong></em></p> <p><em>Data prevista de publicação: <strong>30 de abril 2024</strong></em></p> <p>____________</p> <p>NOTA: A <em>Revista Jangada</em>, adota o modelo de publicação individual de artigos (fluxo contínuo), dinâmica editorial que permite maior rapidez na disponibilização de novos textos, uma vez que o artigo vem à luz logo após a sua aprovação pelos avaliadores <em>ad hoc</em>, comitê editorial e conselho científico. Desse modo, os autores não terão mais que aguardar o fechamento de uma edição para terem seus textos disponíveis para acesso <em>on-line</em>.</p> <p>____________</p> <p>As relações entre música e literatura, mais especificamente entre canção e literatura, têm sido amplamente investigadas no âmbito da crítica literária. Indaga-se, nesse sentido, se a forma “canção” poderia ser analisada por meio das mesmas ferramentas teórico- metodológicas mobilizadas no estudo da palavra literária. Assim, existiria literariedade na canção? A palavra literária poderia ser musicada, cantada? Quais as consonâncias e dissonâncias entre ambas? Como a música atravessa a construção de sentidos da palavra cantada? José Miguel Wisnik, um dos mais destacados pesquisadores dos cruzamentos entre canção e literatura, não tem se esquivado de responder essas e outras questões que dizem respeito às intersecções entre elas. Em seu emblemático livro <em>Sem receitas </em>(2004) o autor afirma que a canção popular é uma maneira singular de pensar sobre o Brasil. Gestada nas fronteiras entre o popular e o erudito, entre a cultura oral e a letrada, a canção brasileira no século XX é marcada pelo hibridismo, ressalta o crítico.</p> <p>Considerando as múltiplas faces do hibridismo que compõem a canção popular brasileira, a literatura brasileira e, de modo amplo, a chamada cultura brasileira, o objetivo desta convocatória é elucidar as imbricações entre a palavra cantada e a palavra escrita, entre os versos musicados e os versos do poema. São bem-vindas, nessa esteira, propostas que se abram à reflexão acerca das teias que aproximam e distanciam canção e literatura na obra de compositores que têm promovido o trânsito por elas, tais como: Antonio Cicero, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Vinicius de Moraes, entre outros. Oferecemos, nesse sentido, destaque à obra de Chico Buarque de Hollanda, simplesmente “Chico” no universo cultural da música popular brasileira. Chico, desde sua pouco conhecida novela de estreia, <em>Fazenda modelo</em> (1974), tem descortinado outra faceta de sua verve artística: a de narrador. De lá para cá, tem feito jus à figura do artista multifacetado, polígrafo, que, sendo compositor de genuínos monumentos do cancioneiro brasileiro, entregou-se também à tarefa de “narrar o Brasil”. Suas narrativas, como bem tem pontuado a crítica (Massi, 2009, Moraes, 2009, Schwarz, 2009), numa espécie de atualização do espírito machadiano, têm desnudado, veementemente, a desfaçatez de classe das camadas dominantes do país. Seus textos, singulares em sua especificidade de obra, colocam em primeiro plano os conflitos constitutivos da formação social brasileira. Não obstante, elaborar as tensões e contradições que atravessam as relações sociorraciais não é sinônimo na pena buarquiana de sociologização da literatura, mas da formalização das questões prementes que dão corpo à nossa vida social. O realismo pueril comum nessa modalidade de literatura cede espaço aqui à abertura para uma linguagem que, ao interrogar o mundo, interpela antes a si mesma. Sendo assim, deparamo-nos com universos narrativos nos quais a fragmentação do texto, a intersecção entre o dito e o não dito, as lacunas da memória, as complexidades discursivas etc. são apenas algumas das marcas dessa poética.</p> <p>Diante do exposto, convidamo-los a submeterem textos que abordem as relações entre a esfera da canção e a da literatura nos compositores sugeridos e em outros que transitem entre esses dois universos, bem como na multifacetada produção literária e musical de Chico Buarque. Desse modo, serão aceitos trabalhos que iluminem os seguintes eixos:</p> <p>- A elaboração do racismo na canção popular brasileira</p> <p>- A literariedade da canção popular brasileira</p> <p>- Reflexões sobre as contradições sociais na canção popular brasileira</p> <p>- As intersecções entre a literatura e a canção</p> <p>- Marcas do feminino na canção popular brasileira</p> <p>- O autoritarismo no Brasil em perspectiva histórica e na contemporaneidade na canção popular brasileira</p> <p>- A literariedade do rap - protesto ritmado, canção ou literatura?</p> <p>- A canção política no cancioneiro buarquiano</p> <p>- A desfaçatez de classe da burguesia brasileira na obra buarquiana</p> <p>- A construção da memória na narrativa buarquiana</p> <p>- A dicção feminina no cancioneiro buarquiano</p> <p>- Os conflitos sociais do Brasil contemporâneo (“normalização” do discurso de ódio, exclusão social etc.) na obra buarquiana</p> <p>- A construção do narrador em distintos gêneros (conto, novela, romance etc.) na obra buarquiana</p> <p>- A narrativa breve de Chico Buarque e o Brasil de hoje, desvelado em <em>Anos de chumbo e outros contos</em></p> <p>Serão aceitos artigos redigidos em português, espanhol, francês e inglês. Os textos deverão ser submetidos até <strong><u>30 de março de 2024</u></strong> pelo sistema da Revista <em>Jangada</em>: https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/index</p> <p>Todos os artigos deverão seguir as diretrizes de formatação e extensão da revista disponíveis no endereço:</p> <p>https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/about/submissions</p> <p>Qualquer dúvida, não hesite em escrever para: <a href="mailto:revistajangada@ufv.br">revistajangada@ufv.br</a></p> <p><em> </em>Prof. Dr. Jader Muniz – (UFAC)</p> <p> Prof. Dra. Rafaela C. Procknov - (IFSP)</p> <p> Editores deste número</p> <p><strong>_____________________________________________________________________________</strong></p> <p><strong>[<em>Versão em português acima</em>] [<em>Version en français en bas</em>] [<em>Versión en español abajo</em>]</strong></p> <p>Call for papers: <em>Jangada</em> Journal #22 – Apr. 2023</p> <p><strong>Thematic issue: Weaving threads between literature and Brazilian popular song</strong></p> <p><em>Submission deadline: <strong>March 30<sup>th</sup>, 2024</strong></em></p> <p><em>Expected publication date: </em><strong><em>April 30th, 2024</em></strong></p> <p>___</p> <p>NOTE: <em>Revista Jangada</em> adopts the model of individual publication of articles, an editorial dynamic that allows greater speed in making new texts available, since the accepted article comes to light shortly after its approval by the <em>ad hoc</em> evaluators, committee editorial and scientific advice. This way, authors won’t be conditioned to a finalized edition for an immediate <em>on line </em>access to such publications.</p> <p>____________</p> <p>The relationships between music and literature, more specifically between song and literature, have been widely investigated within the scope of the so called criticism. In this sense, the question arises whether the form “song” could be analyzed using the same theoretical-methodological tools mobilized in the study of the poetical creation. So, would there be literariness in the song? Could the literary word be set to music, sung? What are the consonances and dissonances between the two? How does music cross the construction of meanings of the sung word? José Miguel Wisnik, one of the most prominent researchers of the intersections between song and literature, has not sidestepped the issue, answering these and other questions that concern the intersections between them. In his emblematic book <em>Sem receitas </em>(2004), the author states that popular songs are a unique way of thinking about Brazil. Conceived on the borders between the popular and the erudite, between oral and literate culture, Brazilian song in the 20th century is marked by hybridism, highlights the critic.</p> <p>Considering the multiple faces of hybridity that make up popular song, literature and, in a broad sense, the so-called Brazilian culture, the objective of this dossier is to elucidate the overlaps between the sung word and the written word, between the verses set to music and the verses of the poem. In this sense, proposals that open up a reflection on the webs that entangle song and literature, near and distance them in the work of composers who have promoted any sort of transit between them are welcome, such as: Antonio Cicero, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso,</p> <p>Vinicius de Moraes, among others. In this sense, we highlight the work of Chico Buarque de Hollanda, simply “Chico” in the cultural universe of Brazilian popular music. Chico, since his little-known debut novel, <strong><em>Fazenda Modelo</em></strong> (1974), has revealed another facet of his artistic verve: that of a narrator. Since then, he has lived up to the figure of the multifaceted artist, polygrapher, who, as a composer of genuine monuments of the Brazilian songbook, also dedicated himself to the task of “narrating Brazil”. His approaches, as critics have pointed out (MASSI, 2009; MORAES, 2009; SCHWARZ, 2009), in a kind of update of Machado's spirit, have vehemently exposed the class shamelessness of the country's dominant layers. His texts, unique in their specificity of work, be that as it may, in ficcional language or his poetics, bring to the fore the constitutive conflicts of Brazilian social formation. However, the fact that they involve tensions and contradictions that permeate socio-racial relations is not synonymous, in Buarque's opinion, with the process of sociologization of literature, but rather with the formalization of pressing issues that give shape to our social life. </p> <p>The puerile realism common in this type of literature gives way here to a language that, when interrogating the world, first questions itself. Therefore, we are faced with narrative universes in which the fragmentation of the text, the intersection between the said and the unsaid, the gaps in memory, the discursive complexities, etc. are just some of the hallmarks of this poetics.</p> <p>In view of the above, we invite researchers and teachers to submit texts that address the relationships between the sphere of song and literature, the suggested composers and any others who wander between these two universes, as well as Chico Buarque's multifaceted literary and musical production. Therefore, works that illuminate the following axes will be accepted:</p> <p>- The elaboration of racism in Brazilian popular song</p> <p>- The literariness of Brazilian popular song</p> <p>- Reflections on social contradictions in Brazilian popular song</p> <p>- The intersections between literature and song</p> <p>- Marks of the feminine in Brazilian popular song</p> <p>- Authoritarianism in Brazil in historical perspective and in contemporary times in Brazilian popular song</p> <p>- The literariness of rap - rhythmic protest, song or literature?</p> <p>- The political song in the Buarque’ songbook</p> <p>- The class impudence of the Brazilian bourgeoisie in Buarque’s work</p> <p>- The construction of memory in the Buarque’s narrative</p> <p>- Feminine diction in the Buarque’s songbook</p> <p>- Social conflicts in contemporary Brazil (“normalization” of hate speech, social exclusion, etc.) in Buarque’s work</p> <p>- The construction of the narrator in different genres (short story, novel, novel, etc.) in Buarque’s work</p> <p>- The brief narrative of Chico Buarque and Brazil today, revealed in Years of Lead and Other Tales</p> <p>Only papers in Portuguese, Spanish, French, and English will be accepted. The deadline for submissions is <strong>March 30th, 2024</strong>. Authors must use the <em>Jangada</em> Journal system at https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/index</p> <p>All papers must follow the journal guidelines of page formatting and extension available at the site https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/about/submissions</p> <p>Should you have any questions, please e-mail us at <a href="mailto:revistajangada@ufv.br">revistajangada@ufv.br</a></p> <p> Prof. Dr. Jader Muniz – (UFAC)</p> <p> Prof. Dra. Rafaela C. Procknov - (IFSP)</p> <p> Editors</p> <p><strong>[<em>Versão em português acima</em>] [<em>English version above</em>] [</strong><strong><em>Versión en español abajo</em></strong><strong>]</strong></p> <p>Appel à contributions : Revue <em>Jangada, </em>Nr. 22</p> <p><strong>Dossier : </strong><strong>Tisser des fils entre la littérature et la chanson populaire brésilienne </strong></p> <p><em>Soumission d’articles jusqu’au <strong>30 mars 2024</strong></em></p> <p><em>Date de publication prévue : <strong>le 30 avril 2024</strong></em></p> <p><strong><em>__________</em></strong></p> <p>REMARQUE : Revista Jangada adopte le modèle de publication d'articles individuels (flux continu), une dynamique éditoriale qui permet une plus grande rapidité dans la mise à disposition de nouveaux textes, puisque l'article apparaît peu de temps après son approbation par les rapporteurs de la commission <em>ad hoc</em>, le comité éditorial et l'avis scientifique. . Ainsi, les auteurs n’auront plus à attendre la fermeture d’une édition pour que leurs textes soient accessibles en ligne.</p> <p>________</p> <p>Les relations entre musique et littérature, plus particulièrement entre chanson et littérature, ont été largement étudiées dans le cadre de la critique littéraire. En ce sens, la question qui se pose est de savoir si la forme « chanson » pourrait être analysée en utilisant les mêmes outils théorico-méthodologiques mobilisés dans l’étude de la parole littéraire. Alors, y aurait-il de la littérature dans la chanson ? La parole littéraire pourrait-elle être mise en musique, chantée ? Quelles sont les consonances et dissonances entre les deux ? Comment la musique traverse-t-elle la construction des sens de la parole chantée ? José Miguel Wisnik, l'un des chercheurs les plus éminents sur les intersections entre chanson et littérature, n'a pas hésité à répondre à ces questions et à d'autres qui concernent leurs intersections. Dans son livre emblématique <em>Sem receitas</em> (2004), l'auteur affirme que les chansons populaires constituent une manière unique de penser le Brésil. Créée aux frontières entre le populaire et l'érudit, entre culture orale et lettré, la chanson brésilienne du XXe siècle est marquée par l'hybridité, souligne le critique.</p> <p>Considérant les multiples visages de l'hybridité qui composent la chanson populaire brésilienne, la littérature brésilienne et, au sens large, ce qu'on appelle la culture brésilienne, l'objectif de ce dossier est d'élucider les chevauchements entre la parole chantée et la parole écrite, entre les vers mis en musique et les vers du poème. En ce sens, sont les bienvenues les propositions qui ouvrent la réflexion sur les toiles qui unissent la chanson et la littérature et les éloignent dans le travail de compositeurs qui ont promu le mouvement à travers elles, comme : Antonio Cicero, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Vinicius de Moraes, entre autres. A cet égard, nous soulignons le travail de Chico Buarque de Hollanda, simplement « Chico » dans l’univers culturel de la musique populaire brésilienne. Chico, depuis son premier roman peu connu, <em>Fazenda Modelo</em> (1974), a révélé une autre facette de son inspiration artistique : celle de narrateur. Depuis lors, il s'est montré à la hauteur de la figure de l'artiste aux multiples facettes, polygraphe, qui, en tant que compositeur de véritables monuments de la chanson brésilienne, s'est également consacré à la tâche de « raconter le Brésil ». Leurs récits, comme les critiques l'ont souligné (MASSI, 2009 ; MORAES, 2009 ; SCHWARZ, 2009), dans une sorte de mise à jour de l'esprit de Machado, ont exposé avec véhémence l'impudeur de classe des couches dominantes du pays. Ses textes, uniques par leur spécificité, mettent en avant les conflits constitutifs de la formation sociale brésilienne. Cependant, l'élaboration des tensions et des contradictions qui imprègnent les relations socio-raciales n'est pas synonyme, selon Buarque, de « sociologização » de la littérature, mais de formalisation des questions pressantes qui donnent forme à notre vie sociale. Le réalisme puéril commun à ce type de littérature cède ici la place à l'ouverture d’un langage qui, lorsqu'il interroge le monde, s'interroge d'abord sur lui-même. Nous sommes donc confrontés à des univers narratifs dans lesquels la fragmentation du texte, l'intersection du dit et du non-dit, les trous de mémoire, les complexités discursives, etc. ne sont que quelques-unes des caractéristiques de cette poétique.</p> <p>Compte tenu de ce qui précède, nous invitons les chercheurs et les enseignants à soumettre des textes qui abordent les relations entre le domaine de la chanson et de la littérature, les compositeurs proposés et ceux qui évoluent entre ces deux univers, ainsi que la production littéraire et musicale aux multiples facettes de Chico Buarque. Ainsi seront acceptés les travaux qui éclairent les axes suivants :</p> <p>- L'élaboration du racisme dans la chanson populaire brésilienne</p> <p>- La littérature de la chanson populaire brésilienne</p> <p>- Réflexions sur les contradictions sociales dans la chanson populaire brésilienne</p> <p>- Les croisements entre littérature et chanson</p> <p>- Marques du féminin dans la chanson populaire brésilienne</p> <p>- L'autoritarisme au Brésil dans une perspective historique et à l'époque contemporaine dans la chanson populaire brésilienne</p> <p>- La littérarité du rap – protestation rythmique, chanson ou littérature ?</p> <p>- Le chant politique du recueil de chansons buarchiennes</p> <p>- L’impudence de classe de la bourgeoisie brésilienne dans l’œuvre de Buarqui</p> <p>- La construction de la mémoire dans le récit buarchien</p> <p>- La diction féminine dans le recueil de chansons de Buarque</p> <p>- Les conflits sociaux dans le Brésil contemporain (« normalisation » des discours de haine, exclusion sociale, etc.) dans l’œuvre de Buarqui</p> <p>- La construction du narrateur dans différents genres (nouvelle, roman, roman, etc.) dans l'œuvre de Buarqui</p> <p>- Le bref récit de Chico Buarque et du Brésil aujourd'hui, révélé dans <em>Anos de chumbo e outros contos</em>.</p> <p>Nous accepterons des articles écrits en portugais, espagnol, français et anglais envoyés jusqu’au<strong> <u>30 mars 2024</u></strong> par le site de la Revue <em>Jangada </em>: https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/index</p> <p>Tous les articles doivent suivre les normes de la revue disponibles sur le site : https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/about/submissions</p> <p>En toute question, n’hésitez pas à nos écrire : <a href="mailto:revistajangada@ufv.br">revistajangada@ufv.br</a></p> <p> Prof. Dr. Jader Muniz – (UFAC)</p> <p> Prof. Dra. Rafaela C. Procknov - (IFSP)</p> <p> Comité organisateur</p> <p><strong>[<em>Versão em português acima</em>] [<em>English version above</em>] [<em>Version en français au-dessus</em>]</strong></p> <p>Convocatoria para publicación de artículos académicos, <em>Revista Jangada</em>, Nr. 22</p> <p>Dossier: <strong>Hilvanando tramas entre la literatura y la canción popular brasileña </strong></p> <p><em>Plazo de envío de los artículos: <strong>marzo de 2024</strong></em></p> <p><em>Fecha prevista de publicación:<strong> abril de 2024</strong></em></p> <p>_____________</p> <p>NOTA: La <em>Revista Jangada</em>, adopta el modelo de publicación individual de artículos (en flujo continuo), dinámica editorial que permite rapidez en la publicación de nuevos textos, ya que el artículo sale inmediatamente después de la aprobación dada por los árbitros <em>ad hoc</em>, por el comité editorial y por el Consejo científico de la revista.</p> <p>______________</p> <p>Las relaciones entre música y literatura, y más específicamente entre canción y literatura han sido ampliamente investigadas por la crítica literaria. Nos interesa indagar si el género canción podría ser analizado con las mismas herramientas teórico-metodológicas que se utilizan para analizar otros géneros literarios. ¿Existe literariedad en la canción? ¿Podría ser musicalizada y cantada la palabra literaria? ¿Cuáles son las particularidades del género canción en relación con otros? ¿Cómo influye la música en la producción de sentidos de un texto canción? José Miguel Wisnik, uno de los más destacados investigadores de las relaciones entre canción y literatura, no ha evitado responder estas y otras preguntas. En su emblemático libro <em>Sem receitas</em> (2004) afirma que la canción popular brasilera es una forma singular de pensar sobre Brasil. Gestada entre lo popular y lo erudito, entre la cultura oral y la letrada, la canción brasilera, según el crítico, está marcada por el hibridismo.</p> <p>Considerando las múltiples faces que supone el hibridismo de la canción popular brasilera, la literatura brasilera y, de un modo más amplio, la cultura brasilera, el objetivo de este dossier es elucidar las relaciones complejas entre la palabra cantada y la escrita, entre los versos musicalizados y los versos del poema. Acogeremos trabajos que reflexionen sobre las tramas que acercan y alejan la canción y la literatura en la obra de compositores que hayan promovido el diálogo entre una y otra, como lo han hecho Antonio Cícero, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Vinícius de Moraes, entre otros como Chico Buarque de Hollanda, cuyo acervo de canciones, con proyección internacional, se destaca en la música popular brasilera. Desde su poco conocida primera novela corta <em>Fazenda modelo</em> (1974), Chico ha revelado otra faceta de su vertiente artística: la de narrador. Desde aquel entonces, ha cumplido ampliamente como figura artística multifacética y polígrafo, pues habiendo sido y siendo compositor de genuinos monumentos del cancionero brasilero, se entregó también a la tarea de “narrar Brasil”.</p> <p>Sus narrativas, como bien lo ha notado la crítica (MASSI, 2009; MORAES, 2009; SCHWARZ, 2009), como si fueran una actualización del espíritu que marca la obra de Machado de Assis, ha desnudado vehementemente la desfachatez de las clases dominantes del país. Sus textos, singulares en su especificidad, ponen en primer plano los conflictos constitutivos de la formación social del país. Sin embargo, trabajar con las tensiones y contradicciones que suponen las relaciones sociorraciales en Brasil, presentes en el acervo de Chico Buarque, no supone del punto de vista estético una obra marcada por una huella sociologizante, aunque esto no impida que en ella se encuentren los temas relevantes que dan forma a la vida social brasilera. El realismo pueril, común en esta modalidad de literatura, cede espacio a la abertura hacia un lenguaje que, al interrogar el mundo, se interpela a sí mismo. De este modo, nos deparamos con universos narrativos en los cuales la fragmentación del texto, la intersección entre lo dicho y lo no dicho, los vacíos de la memoria, las complejidades discursivas etc. son solo algunas de las características de la poética de este autor.</p> <p>Frente a lo expuesto, invitamos a los investigadores y profesores a enviar textos que aborden las relaciones entre la esfera de la canción y de la literatura en las obras de los compositores sugeridos y entre otros que transiten entre esos dos universos, así como en la multifacética producción literaria y musical de Chico Buarque. Serán bienvenidos trabajos que iluminen los siguientes aspectos:</p> <p>- La presencia del racismo en la canción popular brasilera</p> <p>- La literariedad en la canción popular brasilera</p> <p>- Las contradicciones sociales en la canción popular brasilera</p> <p>- Las intersecciones entre literatura y canción</p> <p>- Marcas del feminismo en la canción popular brasilera</p> <p>- El autoritarismo en Brasil en la perspectiva histórica y en la contemporaneidad en la canción popular brasilera.</p> <p>- La literariedad del rap: ¿protesta rimada, canción o literatura?</p> <p>- La canción política en el cancionero de Chico Buarque</p> <p>- La desfachatez de clase de la burguesía brasilera en la obra de Chico Buarque</p> <p>- La construcción de la memoria en la narrativa de Chico Buarque</p> <p>- La dicción femenina en el cancionero de Chico Buarque</p> <p>- Los conflictos sociales del Brasil contemporáneo (“normalización” del discurso de odio, exclusión social etc.) en la obra de Chico Buarque</p> <p>- La construcción del narrador en distintos géneros (cuento, novela corta, novela etc.) en la obra de Chico Buarque</p> <p>- La narrativa breve de Chico Buarque y el Brasil de hoy presente en <em>Los años del plomo y otros cuentos</em></p> <p> Se aceptan artículos redactados en portugués, español, francés e inglés. Los textos deben ser enviados hasta el <strong><u>30 de marzo de 2024</u></strong> a través de la página web de la Revista <em>Jangada</em>: https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/index</p> <p>Todos los artículos deberán seguir las normas y la extensión propuesta por la revista, disponibles en el siguiente enlace: https://www.revistajangada.ufv.br/Jangada/about/submissions</p> <p>Por dudas, no deje de escribirnos a <a href="mailto:revistajangada@ufv.br">revistajangada@ufv.br</a></p> <p> Prof. Dr. Jader Muniz – (UFAC)</p> <p> Prof. Dra. Rafaela C. Procknov - (IFSP)</p> <p> Editores deste número</p> <p> </p> <p> </p> Jangada: crítica | literatura | artes 2023-10-31 Publicação em fluxo contínuo https://revistajangada.ufv.br/Jangada/announcement/view/17 Jangada: crítica | literatura | artes 2023-06-12