Do silêncio à vertigem: a escrita autobiográfica de Herzer

Autores

  • Marcus Rogério Salgado

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v0i8.117

Palavras-chave:

Literatura Brasileira Contemporânea, Escrita autobiográfica, Questões de gênero

Resumo

Resumo: Publicado em 1982, A queda para o alto é, no âmbito da literatura brasileira, obra pioneira escrita por autor transexual. Nascida Sandra Mara Herzer, passaria a adotar o nome social de Anderson Herzer e foi apenas com o sobrenome que assinou esse volume no qual são reunidos seus escritos, logrando mais de vinte edições desde então. Sua escrita é marcada pela sensação de não-pertencimento e pelas ressonâncias ontológicas de diversos traumas (tanto individuais como sociais). Assim, para Herzer a palavra é uma forma tanto de representar a vertigem espacial dos espaços claustrofóbicos onde a sociedade civil deposita seus dissidentes como de romper o silêncio e o sequestro de voz que a tais subjetividades posicionadas à margem são impingidos.

Palavras-chave: Literatura brasileira contemporânea; escrita autobiográfica; questões de gênero.

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Abstract: Published in 1982, A queda para o alto is a pioneer work in the contexto of brazilian literature written by transgender (FtM) author Herzer. Born and registered as Sandra Mara Herzer, the author adopted the male name Anderson Herzer to reflect his gender identity. It was under his surname that he signed the book in which are put together his writings – reaching more than twenty editions since then. Herzer´s writing is marked by the feeling of non-belonging and by the ontological resonances of so many traumatic situations lived by the author – for whom the word is a way of both representing the spatial vertigo produced by the claustrophobic spaces in which society drops its dissidents and breaking through the silence that is systemically attributed to marginal subjectivities.

Keywords: Contemporary Brazilian literature; autobiographical writing; gender studies.

 

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Publicado

2018-05-01

Como Citar

Salgado, M. R. (2018). Do silêncio à vertigem: a escrita autobiográfica de Herzer. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 4(2), 5–25. https://doi.org/10.35921/jangada.v0i8.117