"Um lugar chamado Brick Lane": da subalternidade à construção de uma identidade feminina independente, moderna e insubordinada
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i16.301Palavras-chave:
Mulher. Objetificação. Subjetificação. Feminismo.Resumo
Este artigo analisa a personagem feminina Nazneen no romance Um lugar chamado Brick Lane (2003), de Monica Ali, com o objetivo principal de verificar seus passos para sua emancipação, o modo como ascende como mulher, tornando-se independente e insubmissa. Em contraponto com a ascensão de Nazneen, verifica-se também a estagnação de sua irmã, Hasina, que por ter ficado em uma sociedade com o discurso patriarcal mais acentuado, não consegue conquistar sua autonomia. A metodologia de investigação consiste em textos teóricos que discutem o papel da mulher na sociedade, o surgimento das lutas e o feminismo literário, como meio de mulheres escritoras apresentarem e representarem personagens femininas desafiadoras, independentes e insubordinadas. Para sustentar essas contestações, o trabalho baseia-se nos autores: Bourdieu (2002), Beauvoir (1980 I e II), Wollstonecraft (2016), Showalter (2014), dentre outros. Os resultados do trabalho mostram que a subjetividade da protagonista é construída a partir da evolução de uma mulher submissa ao marido, para uma mulher independente, insubmissa e moderna. Entende-se que Nazneen apenas consegue construir sua subjetividade porque é inserida numa sociedade mais liberal que a sociedade muçulmana, uma vez que Hasina, por ficar nesta sociedade, não consegue escapar das imposições patriarcais.
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