O rap e o espaço

Autores

  • Ana Lígia Faria Teixeira

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v0i6.96

Palavras-chave:

Literatura afro-brasileira, Espaço, Rap

Resumo

Resumo: A partir da música-texto Da ponte pra cá (2002) produzida pelos Racionais MC’s, este artigo tem por objetivo propor uma análise do espaço narrado na produção do grupo. De acordo com Michel de Certeau (1994) atribuímos sentido ao mundo quando nos expressamos sobre ele, quando relatamos nosso percurso, de forma que todo relato é uma prática do espaço. A música é um exemplar do cenário dos anos 2000 designado por nós como terceira fase do grupo inaugurada com o lançamento do disco duplo intitulado Nada como um dia após o outro dia (2002), momento em que o rapper-narrador considera a possibilidade de que o negro e o branco se contaminem por interação e a questão da pobreza aparece com mais força fazendo com que a condição social supere as questões raciais.

Palavras-chave: Literatura afro-brasileira. Espaço. Rap.

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Abstract: From the song-text Da ponte pra cá (2002) produced by Racionais MC’s, this present paper aims to propose a space’s anlysis narrated in the group’s
production. According to Michel de Certeau (1994) we attribute meaning to the world when we express ourselves about it, when we report our journey, so that
all reporting is a practice space. Music is a copy of the 2000s setting referred to us as the third group stage opened with the double album released and entitled
Nada como um dia após o outro dia (2002), when the rapper-narrator considers that it is possible black and white people contaminate themselves through interaction, and the poverty matter shows up stronger, causing the social condition overcomes the racial issues.

Keywords: Afro-Brazilian Literature. Space. Rap Music.

 

Referências

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Discografia dos Racionais MC’s
Faixa 10 do CD2 "Nada como dia após o outro dia" do Grupo Racionais MC 's, "Da ponte pra cá".

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Publicado

2018-04-24

Como Citar

Teixeira, A. L. F. (2018). O rap e o espaço. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 3(2), 73–85. https://doi.org/10.35921/jangada.v0i6.96

Edição

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