O legado dos bonecos de varão de António José da Silva

Autores

  • José Luís Oliveira Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i12.182

Palavras-chave:

António José da Silva, bonecos de varão, bonifrates, Bonecos de Santo Aleixo.

Resumo

O teatro de António José da Silva incide num exclusivo modelo dramatúrgico, de extrema importância no contexto do teatro de marionetas e do teatro em língua portuguesa em geral. Do seu repertório contamos com as denominadas óperas joco-sérias, peças de teatro cómico musicadas para bonifrates. As suas peças foram, assim, concebidas para serem representadas com marionetas, uma inovação na Lisboa setecentista. Esta forma de fazer teatro com bonecos percorreu os tempos chegando até aos dias de hoje. A evolução da estrutura dramatúrgica e a técnica de construção e manipulação usada no teatro do Judeu pode ser encontrada na atualidade no interior sul de Portugal continental, designados de Bonecos de Santo Aleixo.

Referências

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario Portuguez e Latino – Volume I e II. Coimbra: No Collegio das Artes da Companhia de JESU, 1712.
BRAGA, Teófilo. História do Theatro Portuguez: A baixa comédia e a ópera. Século XVIII. Porto: Imprensa Portuguesa – Editora, 1871.
BRAGA, Teófilo. História do Theatro Portuguez: A comédia clássica e as tragicomédias. Séculos XVI e XVII. Porto: Imprensa Portuguesa – Editora, 1870.
CERVANTES Saavedra, Miguel de. Segvnda Parte Del Ingenioso Cavallero Don Quixote de La Mancha. Por Miguel de Ceruantes Saauedra, autor de su primera parte. Dirigida a don Pedro Fernandez de Castro, Conde de Lemos, de Andrade, y de Villalua, Marques de Sarria, Gentilhombre de la Camara de su Magestad, Comendador de la Encomienda de Peñafiel, y la Zarça de la Orden de Alcantara, Virrey, Gouernador, y Capitan General del Reyno de Napoles, y Presidente del Supremo Consejo de Italia. Con Privilegio. En Madrid, Por Iuan de la Cuesta. Vendese en casa de Francisco de Robles, librero del Rey N.S, 1615.
CURRELL, David. Making and Manipulating Marionettes. Wiltshire: The Crowood Press, 2010.
DELGADO, Henrique. Marionetas no Alentejo: Herança da Idade Média. Flama, Lisboa, pp. 35-37, 7 abr. 1967a.
______. Bonecos de Santo Aleixo III: O Espectáculo de marionetas apresentado pelos Talhinhas termina de madrugada. Diário de Lisboa, pp. 4,10, 29 jun. 1967b.
______. Por 10 tostões de entrada em jardins públicos já me sentiria recompensado… - desabafa o titereiro popular António Dias. Plateia, pp. 8-9, 14 nov. 1967c.
______. António Talhinhas, muitas vezes os espectáculos dos Bonecos de Santo Aleixo apresentados no Alentejo são quase só preenchidos com fados e guitarras. Plateia, pp. 10-11, 6 fev. 1968.
______. Notas soltas. RIBEIRO, Rute, Henrique Delgado – contributos para a história da marioneta em Portugal. Lisboa: Museu da Marioneta/EGEAC, p. 88, 2011.
MONFORT, Jacqueline. Quelques notes sur l’histoire du théâtre portugais (1729-1750). Paris: Edição F.C.G, 1972.
PASSOS, Alexandre. Bonecos de Santo Aleixo – a sua (im)possível história. As Marionetas em Portugal nos séculos XVI a XVIII e sua influência nos Títeres Alentejanos. Évora: Gráfica Maiadouro, 1999.
PERIQUITO, Margarida. O «Orlando Furioso» – Génese. ARIOSTO, Ludovico, Orlando Furioso. Lisboa: Cavalo de ferro Editores, pp. 15-23, 2007.
RUMBAU, Toni. Rotas de Polichinelo – Marionetas e cidades da Europa. Lisboa: Museu da Marioneta/EGEAC, 2014.
RUSSO, José. Um olhar por dentro. Zurbach, Christine, e FERREIRA, José Alberto, e SEIXAS, Paula Autos, Passos e Bailinhos – Os Textos do Bonecos de Santo Aleixo. Évora: Casa do Sul Editora, p. 23, 2007.
SARAIVA, António José, LOPES, Óscar. História da Literatura Portuguesa. Porto: Porto Editora, 1989.
SILVA, António José (1957): Obras Completas – Volume I. Lisboa: Livraria Sá da Costa – Editora, pp. 4-6, 1957.
VAREY, John Earl. Historia de los Títeres en España (Desde sus orígenes hasta mediados del siglo XVIII). Madrid: Revista de Occidente, 1957.

Downloads

Publicado

2018-12-21

Como Citar

Oliveira, J. L. (2018). O legado dos bonecos de varão de António José da Silva. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 6(2), 82–95. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i12.182