Kümedungun: Trajetórias de vida e a escrita de si de mulheres poetas Mapuche.
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.236Palavras-chave:
Mulheres Mapuche, Subjetividade, LiteraturaResumo
O presente artigo pretende apresentar as trajetórias de vida de três escritoras indígenas Mapuche, que têm se destacado no cenário literário chileno nas últimas décadas: Maribel Mora Curriao, Graciela Huinao e Rayen Kvyeh. Em diálogo com suas trajetórias de vida e obra, cabe questionar, como as mulheres poetas Mapuche criam os seus processos de subjetividade. A partir das suas narrativas de vida, considera-se que elas, através da criação literária, expressam formas de vida que se contrapõem às identidades impostas, sejam sociais, raciais, étnicas e de gênero. O objetivo é refletir acerca da construção das suas subjetividades através do ofício de escrever-se. As análises voltadas para as experiências e trajetórias de mulheres Mapuche podem contribuir com a desarticulação dos imaginários coloniais, racistas e sexistas. Narradoras, escritoras e poetas têm registrado os processos de luta para que as expressões artísticas do povo Mapuche sejam reconhecidas enquanto Literatura, já que as dinâmicas de exclusão estão assentadas nas raízes da colonização europeia, que valoriza a tradição escrita e o Espanhol como língua oficial, e que excluem as narrativas contra hegemônicas dos povos indígenas.
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