A condição feminina na poética de Angélica Freitas e Berna Reale
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.255Palavras-chave:
Literatura e performance, Mulher, ViolênciaResumo
Para além da análise histórica, o caminho de ser mulher no mundo pode ser exemplificado por meio de produções artísticas distintas, das quais, embora não sejam pensadas como documentos, representam momentos compreensivos para a historicidade dos atos que configuraram a condição feminina como a percebemos: um espaço violentado, colonizado e assujeitado. Neste sentido, o presente trabalho pretende analisar, em uma perspectiva dialogal, poemas da escritora gaúcha Angélica Freitas e performances da artista visual paraense Berna Reale, com o objetivo de depreender os sentidos dos discursos poéticos/artísticos dessas mulheres, bem como tentar, a pequenos passos, superar as lacunas deixadas pelo discurso falocêntrico e hegemônico: a da recusa de um lugar para a mulher na sociedade.
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