A subjetividade complexa das pessoas freaks em 'American horror story: freak show'
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.390Palavras-chave:
Freak, Freak show, Corpos, SociedadeResumo
A subjetividade das pessoas que possuem um corpo com deficiência é frequentemente simplificada ou reduzida a um estigma. Historicamente, esse corpo fora lido depreciativamente como monstruoso ou freak durante séculos. Em American horror story: Freak show, série antológica de terror produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk (2014), somos introduzidos aos Estados Unidos da América na década de 1950, momento em que tais nomenclaturas pejorativas e preconceituosas costumavam ser usadas. Neste artigo, temos como objetivo analisar a subjetividade das personagens freaks na referida série, ou seja, examinamos a representação das pessoas com corpos considerados monstruosos. Para isso, recorremos a fundamentos da história e da sociologia (BARNUM, 1888; BOGDAN, 1988; DEMELLO, 2007; LE BRETON, 2007; DURBACH, 2010; KALIFA, 2019) no delineamento dos conceitos de corpo, freak e freak show. Como resultado, observamos que o seriado opta pela representação não redutora da subjetividade das pessoas consideradas freaks. Apesar de a sociedade ler com frequência esses corpos de uma maneira superficial, vemos que American horror story: Freak show contribui para difundir a ideia de que as pessoas freaks são dotadas de complexidades, duplicidades e contradições, não diferindo, afinal, daquelas consideradas normais.
Referências
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