A subjetividade complexa das pessoas freaks em 'American horror story: freak show'

Autores/as

  • Thatiane Bonini Universidade Federal de Jataí
  • Natasha Vicente da Silveira Costa

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.390

Palabras clave:

Freak, Freak show, Corpos, Sociedade

Resumen

A subjetividade das pessoas que possuem um corpo com deficiência é frequentemente simplificada ou reduzida a um estigma. Historicamente, esse corpo fora lido depreciativamente como monstruoso ou freak durante séculos. Em American horror story: Freak show, série antológica de terror produzida por Ryan Murphy e Brad Falchuk (2014), somos introduzidos aos Estados Unidos da América na década de 1950, momento em que tais nomenclaturas pejorativas e preconceituosas costumavam ser usadas. Neste artigo, temos como objetivo analisar a subjetividade das personagens freaks na referida série, ou seja, examinamos a representação das pessoas com corpos considerados monstruosos. Para isso, recorremos a fundamentos da história e da sociologia (BARNUM, 1888; BOGDAN, 1988; DEMELLO, 2007; LE BRETON, 2007; DURBACH, 2010; KALIFA, 2019) no delineamento dos conceitos de corpo, freak e freak show. Como resultado, observamos que o seriado opta pela representação não redutora da subjetividade das pessoas consideradas freaks. Apesar de a sociedade ler com frequência esses corpos de uma maneira superficial, vemos que American horror story: Freak show contribui para difundir a ideia de que as pessoas freaks são dotadas de complexidades, duplicidades e contradições, não diferindo, afinal, daquelas consideradas normais.

Citas

AMERICAN horror story: freak show. Criação e produção: Ryan Murphy e Brad Falchuk. Produção executiva: Dante Di Loreto, Tim Minear, James Wong. Nova Orleans, FX: 2014. Plataforma digital Prime Video (644min).

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Publicado

2021-12-30

Cómo citar

Bonini, T., & Costa, N. V. da S. (2021). A subjetividade complexa das pessoas freaks em ’American horror story: freak show’. Jangada crítica | Literatura | Artes, 9(2), 402–425. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.390