As flores de Clarice Lispector no contexto da ditadura militar brasileira
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v12i1.558Palavras-chave:
Clarice Lispector, A noite mais perigosa, Flor mal-assombrada e vida demais, Vegetais, Ditadura Militar brasileiraResumo
O artigo propõe uma reflexão das crônicas “A noite mais perigosa” (1969) e “Flor mal-assombrada e viva demais” (1972), de Clarice Lispector (1920-1977), publicadas no “caderno b” do Jornal do Brasil a partir da perspectiva “político-subjetiva” decorrente do aparecimento de flores no texto clariciano. O chamado vegetal e suas conotações, nesse contexto, evocam o perigo, a coragem e o instintivo. Para o estudo, propomos um diálogo interartes, na tentativa de analisar um “espírito de época”, em que o assunto estético-político se torna, muitas vezes, “cifrado” – período marcado pelo aprofundamento da repressão ditatorial dos “anos de chumbo”.
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