A construção da personagem Arthur por meio de sua conexão com a cozinha no romance "The Solid Mandala", de Patrick White
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v0i11.163Keywords:
Literatura Australiana, Patrick White, Cozinha, Personagem, Narrativa, TraduçãoAbstract
RESUMO: Este artigo apresenta a relação da personagem Arthur com as atividades na cozinha, mais precisamente a fabricação de pão e manteiga, como um modo de favorecimento de sua construção narrativa (seguindo as proposições da holandesa Mieke Bal) no romance The Solid Mandala (1966), do escritor australiano Patrick White, prêmio Nobel de Literatura em 1973. A partir de trechos selecionados, demonstramos como se dá essa atividade na trama e todas as repercussões advindas delas, destacando a socialização entre personagens, mas principalmente a constituição identitária de Arthur: é ele quem tem a “missão” de fazer esses produtos que, inevitavelmente, vão sustentar a ele e a seu irmão até o final de suas vidas (desse modo negando a “trivialidade” da atividade). Se esse romance demonstra o poder que a literatura possui de transcender a nossa mera existência em qualquer espaço, podemos fazer a mesma analogia com a culinária: a literatura está para a cozinha assim como a cozinha está para a literatura, alimentando seres.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Australiana, Patrick White, Cozinha, Personagem, Narrativa, Tradução.
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ABSTRACT: This paper analyses the relationship of the character Arthur with his activities in the kitchen, more precisely the baking of bread and churning of butter, as a way to favour his narrative construction in the novel The Solid Mandala (1966), by the Australian writer Patrick White, who won the Nobel Prize in Literature in 1973. From selected excerpts, we demonstrate how these activities takes place in the plot and all the repercussions coming from them, highlighting socialization among the characters, but mainly the identity formation of Arthur: he is the one who has the “mission” to make these products which, inevitably, will sustain him and his brother until the end of their lives (thus denying the “triviality” of such works). If this novel proves how powerful literature is in making us transcend our mere existence in any space, we can make an analogy with cooking: as literature is to cooking so cooking is to literature, nurturing beings.
KEYWORDS: Australian Literature, Patrick White, Kitchen, Cooking
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