Memórias que atravessam a morte: as recordações da violência contra a mulher em "Garotas mortas", de Selva Amada

Authors

  • Maria Izabella Souza de Lima UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i16.300

Keywords:

Memória, Testemunho, Feminicídio, Resgate, Justiça

Abstract

Femicide occurs all over the world,however, few cases are tried and those found guilty are convicted. The presshas a fundamental role in the dissemination of these data and cases as well,because it is with this visibility that victims can get support and justice.For this reason, the work Garotas Mortas brings as its core not only thenarration of three murders, but also the search for justice. This book writtenby Selva Almada, composed in 2014, but only published by the publisher Todaviain 2018. This review has the function of addressing not only the outstandingaspects of the book, but also showing how the movement of granting speaks tothe dead girls on the part of author is a way to maintain memory and to seekjustice for them. As a theoretical contribution, use the texts of the followingauthors: Sigmund Freud (1974), María Celeste Cabral (2016), Shoshana Felman(2014) and Márcio Seligmann-Silva (2014), to support the memoriálisticocharacter of the novel and to understand the importance of narrative role ofthe girls' lives, since if by judicial means it was not possible to punish theguilty ones, and I need the literature to be able to do so, exposing facts thatwere not previously explored.

References

ALMADA, S. Garotas Mortas. Tradução de Sérgio Molina. São Paulo: Todavia, 2018. eBook Kindle.

ATLAS DE VIOLÊNCIA 2019. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34784> Acesso em: 06 de mar. 2020.

CABRAL, M. C. De investigadora a huesera: Chicas muertas de Selva Almada y las formas de narrar el femicidio en el interior. IV JORNADAS DEL CENTRO INTERDISCIPLINARIO DE INVESTIGACIONES EN GÉNERO, Abril de 2016, sem paginação, Ensenada, Argentina. EN: Actas. Ensenada: Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Centro Interdisciplinario de Investigaciones en Género. En Memoria Académica. Disponível em: <http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/trab_eventos/ev.9972/ev.9972.pdf > Acesso em: 05 de jul. 2020.

FELMAN. S. Formas de cegueira judicial, ou a evidência do que não pode ser visto. In: O inconsciente jurídico. São Paulo: EDIPRO, 2014.

FREUD, S. (1908). Escritores criativos e devaneios. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1974. Tradução de J. Salomão. Vol. 9.

IDOETA, P.A. BBc: Atlas da Violência: Brasil tem 13 homicídios de mulheres por dia, e maioria das vítimas é negra. BBC NEWS - São Paulo (05/06/2019). Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48521901> Acesso em: 08 de mar. 2020.

OVIEDO, M.V.E. Femicidio y exhumación del archivo en Chicas Muertas de Selva Amada. IV CONGRESO INTERNACIONAL CUESTIONES CRÍTICAS 30 DE SEPTIEMBRE, Octubre de 201, sem paginação, Rosario, Argentina. EN: Centro de Estudios de Literatura Argentina; Centro de estudios en Teoría y Crítica Literaria: Universidad Nacional de Rosario.

PINHEIRO, L. Selva Almada: Sobre contar a história comum das Garotas Mortas. Valkirias: São Paulo (26/07/2018). Disponível em: <http://valkirias.com.br/selva-almada-sobre-contar-a-historia-comum-das-garotas-mortas/> Acesso em: 05 de jul. 2020.

SELIGMANN-SILVA, M. Imagens precárias: inscrições tênues de violência ditatorial no Brasil. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 43, p. 13-34, 14 maio 2014. Disponível em:<https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9942/8782> Acesso em: 17 de ago. 2020.

Published

2021-01-30

How to Cite

Souza de Lima, M. I. (2021). Memórias que atravessam a morte: as recordações da violência contra a mulher em "Garotas mortas", de Selva Amada . Jangada crítica | Literatura | Artes, 8(2), 358–364. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i16.300