A teoria de Antonio Candido e a formação da literatura australiana
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i13.218Palabras clave:
Antonio Candido, Formação da literatura, Literatura australianaResumen
RESUMO: Em sua teoria de “formação literária”, Antonio Candido condiciona a existência de uma literatura “como sistema” a cinco fatores “em interação dinâmica”, divididos em dois grupos. Os dois “denominadores internos” são uma língua comum e temas que expressem os anseios e a identidade de uma coletividade. Os três “denominadores psicossociais” consistem em autores conscientes de seu papel, um público para as produções desses autores e uma linguagem literária que se traduza em obras. No contexto deste trabalho os denominadores internos são a variante australiana do inglês e as temáticas rurais relacionadas ao outback australiano e seus habitantes. Henry Lawson é apresentado como um autor engajado com as questões identitárias da Austrália por meio de sua obra ficcional e poética, o que lhe rendeu imensa popularidade entre o público leitor e um lugar de destaque no cânone australiano. Procura-se, assim, analisar as particularidades da interação entre os elementos formadores da literatura australiana, localizando o momento de formação dessa literatura na segunda metade do século XIX, especialmente na década de 1890.
PALAVRAS-CHAVE: Antonio Candido, formação da literatura, literatura australiana.
Citas
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: Momentos decisivos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
______. Literatura e Sociedade. São Paulo: Publifolha, 2000.
CARTER, David; WHITLOCK, Gillian. Institutions of Australian literature. In: WALTER, James (ed.). Australian studies: a survey. Melbourne: Oxford University Press, 1989.
CLARKE, Marcus. Preface to Adam Lindsay Gordon’s poems. In: BOEHMER, Elleke (org.). Empire Writing: An Anthology of Colonial Literature, 1870-1918. Oxford: Oxford University Press, 1998.
DAVEY, Gwenda Beed; SEAL, Graham. A guide to Australian folklore. Sydney: Kangaroo Press, 2003.
FIELD, Barron (ed.). Geographical memoirs on New South Wales by various hands. London: John Murray, 1825.
GOODALL, Peter. High culture, popular culture: the long debate. Sydney: Allen & Unwin, 1995.
GREEN, H. M. A history of Australian literature. v. 1. Sydney: Angus and Robertson, 1968.
HESELTINE, Harry. Saint Henry – our apostle of mateship. In: RODERICK, Colin (ed.). Henry Lawson criticism: 1894-1971. Sydney: Angus and Robertson, 1972.
______. The uncertain self: essays in Australian literature and criticism. Melbourne: Oxford University Press, 1986.
LAWSON, Henry. A camp-fire yarn: Complete works 1885-1900. Sydney: Lansdowne Press, 1984a.
______. A fantasy of man: Complete works 1901-1922. Sydney: Lansdowne Press, 1984b.
______. Autobiographical and other writings: 1887-1922. Sydney: Angus and Robertson, 1972.
______. Letters: 1890-1922. Sydney: Angus & Robertson, 1970.
LEE, Christopher. City bushman: Henry Lawson and the Australian imagination. Fremantle: Curtin, 2004.
PHILLIPS, A. A. Henry Lawson. New York: Twayne Publishers, 1970.
WARD, Russel. The Australian legend. Melbourne: Oxford University Press, 1966.
WRIGHT, Judith. Henry Lawson. Melbourne: Oxford University Press, 1967.