Assombrosas garotas em 'Meninas', de Maria Teresa Horta

Autores/as

  • Elisangela da Rocha Steinmetz Universidade de Lisboa - UL

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.394

Palabras clave:

Meninas, contos, fantástico, literatura

Resumen

Em Meninas (2014), a renomada escritora portuguesa Maria Teresa Horta traça, entre os trinta e dois contos que compõem o livro (dos quais analisaremos quatro), algumas histórias onde “o sobrenatural transgride as leis que organizam o mundo real” (ROAS, 2001). É assim em “Erzsébet” onde a protagonista entre suas viagens do castelo de Léká, ou de Sárvár para o castelo de Csejthe, de que tanto gosta, vai crescendo e, com ela, a sua estranheza. Em “Perdições”, a pequena Esther, todas as noites, realiza viagens muito curiosas que bem poderiam ser sonhos, passeios pela floresta, e por lugares tão obscuros quanto o enigma que surge a cada manhã. Em “Transformação”, a viagem que a menina Dulce realiza se dá através dos livros que lê, esses irão transportá-la e transformá-la em algo surpreendente. Em “Lupina”, é a mudança de espaços que instaura a ambiguidade, Lívia não sabe quem ela é: menina ou jovem loba - talvez os dois. Assim, o objetivo deste trabalho é mostrar como essas diferentes viagens instauram o fantástico e transformam essas personagens em criaturas - talvez - sobrenaturais.

Citas

DUNDER, Mauro, GUIM Nicole. “Depois das palavras vêm as palavras”: As Meninas de Maria Teresa Horta”. In: FLORES, Conceição (Org.). Ensaios sobre a obra de Maria Teresa Horta (II volume) O sentido primeiro das coisas. Natal: Escribas, 2019.

FURTADO, Filipe. A construção do fantástico na narrativa. Lisboa: Horizonte Universitário, 2008.

HORTA, Maria Teresa. Meninas.Portugal: Dom Quixote, 2014.

ROAS, David. A ameaça do fantástico. trad. Julián Fuks. São Paulo: ed. UNESP, 2014.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. São Paulo: Perspectiva, 2012.

Publicado

2021-12-30

Cómo citar

da Rocha Steinmetz, E. (2021). Assombrosas garotas em ’Meninas’, de Maria Teresa Horta. Jangada crítica | Literatura | Artes, 9(2), 376–386. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.394