A inocência nos diferentes espaços de 'A Princesa e o Goblin', de George MacDonald

Autores

  • Ana Laura de Brum Kury da Silva Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.382

Palavras-chave:

Imaginação, Inocência, Natureza, Crítica genética

Resumo

George Macdonald (1824-1905), escritor escocês do século XIX, é considerado um grande autor de ficção para crianças e adultos em países de língua inglesa. Embora tenha crescido dentro dos ensinamentos calvinistas, e que suas obras sejam comumente analisadas a partir do viés religioso, também se pode levar em conta a importância que MacDonald dava para a Natureza. O autor era conhecido por atribuir à Natureza o desenvolvimento do conhecimento – ou seja, o contato com ela permite às pessoas conhecer e entender o mundo (MACDONALD, 1893). MacDonald afirmava que essa relação incentivava o indivíduo, independentemente da idade, a confiar na imaginação e no irracional, pois é a partir dessa confiança que, de acordo com o autor, pode-se encontrar verdades que não são possíveis reconhecer ao acreditar apenas na racionalidade. Na obra A princesa e o goblin, os níveis dessas relações com a Natureza podem ser percebidos de acordo com o espaço habitado pelos personagens. Nosso interesse em destacar este aspecto da obra é reforçado não apenas pela pouca visibilidade do autor no Brasil, mas também porque suas obras são comumente estudadas através da religião que, embora seja pertinente conhecendo o histórico do autor, não abrange alguns elementos que consideramos importantes.

Referências

AUDEN, W.H. Introduction Visionary Novels of George MacDonald. New York: Noonday Press, 1954.

ECO, U. Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

MACDONALD, G. ______. The hope of the Gospel. New York: D. Appleton and Company. 1892. Disponível em: https://archive.org/details/hopeofgospel00macd/page/n6. Acesso em: jan. de 2019.

______. A dish of Orts: Chiefly papers on the Imagination, and on Shakespeare. London: S. Low, Marston. 1893. Disponível em: https://archive.org/details/dishofortschiefl00macduoft/page/n10. Acesso em: jan. de 2019.

______. The princess and the goblin. Aberdeenshire Council. Disponível em: <https://online.aberdeenshire.gov.uk/apps/ebooks/the%20princess%20and%20the%20goblin/index.htm >. Acesso em: Nov. de 2018.

______. The princess and the goblin. Philadelphia: J.B. Lippincott & Co: 1872. Disponível em: https://play.google.com/books/reader?id=e749AAAAYAAJ&pg=GBS.PP6. Acesso em: jun. de 2018

______. The princess and the goblin. London and Glasgow: Blackie & Son

Limited, 1911. Disponível em: https://archive.org/details/princessgoblin00macd2. Acesso em: jun. de 2018.

REIS, RICHARD H. George MacDonald. Twayne Publishers, Inc. New York. 1972.

ROUSSEAU, J.J. Emílio ou da Educação. Trad. Sérgio Milliet. 3° ed, São Paulo: Editora Difel, 1979.

Downloads

Publicado

2021-12-30

Como Citar

de Brum Kury da Silva, A. L. (2021). A inocência nos diferentes espaços de ’A Princesa e o Goblin’, de George MacDonald. Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 9(2), 117–135. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i18.382