Primórdios da crônica de autoria feminina no Brasil e a luta pela igualdade de gênero

Autores

  • Maria do Rosário Alves Pereira CEFET-MG

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v2i15.243

Palavras-chave:

Crônica, Autoria feminina, Imprensa feminista, Brasil, Século XIX

Resumo

O objetivo deste artigo é traçar breves apontamentos críticos sobre a história da crônica de autoria feminina publicada no Brasil desde seu surgimento no século XIX até o começo do século XX. Esse gênero híbrido, que toma forma a partir do folhetim francês, tem importante papel na divulgação dos ideais feministas e na luta pela igualdade entre os sexos por meio da educação. A partir de Constância Lima Duarte e Dulcília Buitoni, dentre outros autores, procura-se demonstrar como a crônica escrita por mulheres, juntamente com a imprensa feminista, teve importante papel na defesa por direitos das mulheres tanto no campo educacional quanto no político.

Referências

ALMANAQUE MULHERES REAIS – MODAS E MODOS NO RIO DE DOM JOÃO VI. Exposição no Palácio das Artes, de 9/10 a 22/11/09, em Belo Horizonte.

ALMEIDA, Júlia Lopes de. Eles e elas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1922.

AZEVEDO, Josephina Álvares de. O voto feminino. A Família, 1889.

BUITONI, Dulcília H. Shroeder. Crônica/mulher, mulher/crônica. Boletim Bibliográfico Biblioteca Mário de Andrade, v. 46, n. 1/4, p. 81-89, jan./dez. 1985.

CANDIDO, Antonio et al. A vida ao rés-do-chão. In: FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA (Org.). A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.

DUARTE, Constância Lima. A crônica feminina brasileira: das origens à contemporaneidade. Vivência, Natal, v. 9, n. 2, p. 107-113, jul./dez. 1995.

DUARTE, Constância Lima. Literatura, imprensa e emancipação da mulher no Brasil no século XIX. In: ENCONTRO DA ANPOLL, UFMG, 1 a 3 de julho de 2010.

DUARTE, Constância Lima. Imprensa feminina e feminista no Brasil: século XIX. Dicionário ilustrado. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.

FLORESTA, Nísia. Passeio ao Aqueduto da Carioca. In: DUARTE, Constância Lima (Org.). Inéditos e dispersos de Nísia Floresta. Natal: EDUFRN/NCCEN, 2009. p. 33-44. (Coleção Estudos Norte-Rio-Grandenses)

LUSTOSA, Isabel. Prefácio. In: JINZENJI, Mônica Yumi. Cultura impressa e educação da mulher no século XIX. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. O folhetinista. 30 out. 1859. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT704502-1655,00.html>. Acesso em: 22 nov. 2019. Publicado originalmente em: In: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Chronicas (1859-1863). Rio de Janeiro: Jackson, 1944.

MEYER, Marlyse. Voláteis e versáteis, de variedades e folhetins se fez a chronica. Boletim Bibliográfico Biblioteca Mário de Andrade, v. 46, n. 1/4, jan./dez. 1985. p. 17-41.

MOREIRA, Nadilza Martins de Barros. A condição feminina revisitada: Júlia Lopes de Almeida e Kate Chopin. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003.

MUZART, Zahidé L. Uma espiada na imprensa das mulheres no século XIX. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 11, n. 1, jan.-jun. 2003.

NEVES, Margarida de Souza. História da crônica. Crônica da história. In: RESENDE, Beatriz (Org.). Cronistas do rio. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.

VASCONCELLOS, Eliane. Carmem Dolores. Crônicas: 1905-1910. Rio de Janeiro: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, 1998. (Coleção Fluminense, v. 3)

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. São Paulo: Tordesilhas, 2014.

Downloads

Publicado

2020-06-30

Como Citar

Alves Pereira, M. do R. (2020). Primórdios da crônica de autoria feminina no Brasil e a luta pela igualdade de gênero . Jangada: Crítica | Literatura | Artes, 8(1), 106–118. https://doi.org/10.35921/jangada.v2i15.243

Edição

Seção

Dossiê