“Agora, que solidão a minha": Camilo Pessanha e o fim de século português
DOI:
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.205Palabras clave:
Camilo Pessanha, Simbolismo, Oriente, Periodização LiteráriaResumen
Esse artigo se dedica a apresentar alguns aspectos históricos da atividade literária de Camilo Pessanha em Portugal antes de sua ida à China. São descritas as suas concepções sobre poesia, sua autocrítica e conexões com outros autores da época. O artigo ainda contempla uma revisão crítica do modo como Pessanha foi abordado no decorrer dos séculos a partir da sua relação com o Simbolismo. Tomando como base algumas composições do poeta, tenta-se problematizar a sua classificação como um simbolista estreito, chamando a atenção para outros aspectos de sua escrita que se relacionam com temas comuns à literatura portuguesa anterior ao Simbolismo e que se conectam à temáticas orientais as quais o poeta conheceu durante a sua vivência no Oriente. Por fim, nota-se a importância de considerar outras relações que Pessanha tenha estabelecido para além do Simbolismo, dando maior amplitude à relevância de sua contribuição poética, redimensionando os laços de sua obra.
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