“Agora, que solidão a minha": Camilo Pessanha e o fim de século português

Auteurs

  • Camila Marchioro UFPR

DOI :

https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.205

Mots-clés :

Camilo Pessanha, Simbolismo, Oriente, Periodização Literária

Résumé

Esse artigo se dedica a apresentar alguns aspectos históricos da atividade literária de Camilo Pessanha em Portugal antes de sua ida à China. São descritas as suas concepções sobre poesia, sua autocrítica e conexões com outros autores da época. O artigo ainda contempla uma revisão crítica do modo como Pessanha foi abordado no decorrer dos séculos a partir da sua relação com o Simbolismo. Tomando como base algumas composições do poeta, tenta-se problematizar a sua classificação como um simbolista estreito, chamando a atenção para outros aspectos de sua escrita que se relacionam com temas comuns à literatura portuguesa anterior ao Simbolismo e que se conectam à temáticas orientais as quais o poeta conheceu durante a sua vivência no Oriente. Por fim, nota-se a importância de considerar outras relações que Pessanha tenha estabelecido para além do Simbolismo, dando maior amplitude à relevância de sua contribuição poética, redimensionando os laços de sua obra.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

BALAKIAN, A. The fiction of the poet. Princeton: Princeton University Press, 1992.
_____. The Symbolist movement a critical appraisal. New York: Random House, 1967.
CANDIDO, A. Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000.
CARDOSO GOMES, Á. O simbolismo. São Paulo: Ática, 1994.
CARVALHO PRATA, M. A. Imprensa estudantil de Coimbra: Repertório analítico (século XIX). v. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2006.
CASTRO, E. “Prefácio da primeira edição de Oaristos”. In. GOMES, Á. C. A estética simbolista. São Paulo: Cultrix, 1985.
FRANCHETTI, P. “O Haikai no Brasil”. In: Alea, vol.10, n.2, Rio de Janeiro, July/Dec, 2008.
_____. Nostalgia, Exílio e Melancolia: leituras de Camilo Pessanha. São Paulo: Edusp, 2001.
LEMOS, E. A Clepsidra de Camilo Pessanha. Lisboa: Verbo, 1981.
MEIRELES, C. Poetas Novos de Portugal. Rio de Janeiro: Dois Mundos, 1944.
MOISÉS, M. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2005.
MURICY, A. Panorama do simbolismo brasileiro. Vol. I. São Paulo: Perspectiva, 1987.
PEREIRA, J.C.S. “Camilo Pessanha e a transmutação simbolista”. In: História Crítica da Literatura Portuguesa. Vol. VII - Do Fim-de-século ao Modernismo. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, p. 129-139, 1995.
_____. “Romantismo tardio e surto neo-romântico no fim-de-século”. In: Revista Humanitas, vol 50. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 1998.
PESSANHA, C. “Crónica da Alta”. In: A Crítica, 1.ª série, n.º 2, março de 1888.
_____. Correspondência, dedicatórias e outros textos. São Paulo: Unicamp, 2012.
_____. Prefácio a Camilo Pessanha – prosador e tradutor. Macau, Instituto Cultural de Macau,1992.
_____. Clepsidra. Edição crítica, fixação do texto, introdução e notas de Barbara Spaggiari. Porto: Lello e Irmão, 1997.
PIRES, D. “Cronologia da vida e da obra de Camilo Pessanha”. In: PESSANHA, C. Correspondência, dedicatórias e outros textos. São Paulo: Unicamp, 2012.
RAMOS, F. Trindade Coelho homem de letras: o contista, o esteta e o pedagogista. Coimbra: Acta Universitatis Conimbrigensis, 1947.
RUBIM, G. Experiência da alucinação: Camilo Pessanha e a questão da poesia. Lisboa: Caminho, 1993.
SARAIVA, A.J; LOPES, Ó. História da literatura portuguesa. Porto: Porto Editora, 2001.
SPAGGIARI, B. O simbolismo na obra de Camilo Pessanha. Carlos Moura (trad). Lisboa: Instituto da Cultura e da Língua Portuguesa Publicações, 1982.

Téléchargements

Publiée

2019-12-22

Comment citer

Marchioro, C. (2019). “Agora, que solidão a minha": Camilo Pessanha e o fim de século português. Jangada crítica | Literatura | Artes, 7(2), 201–227. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.205