Uma flor em metamorfose: A existência lésbica em "Momentos de ser: "Os alfinetes de Slater não têm pontas", de Virginia Woolf
DOI :
https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.238Mots-clés :
Virginia Woolf, conto, ficção lésbicaRésumé
A fim de lançar luz a uma questão ainda pouco esmiuçada na ficção de Virginia Woolf, apresentamos, neste artigo, uma análise do conto “Momentos de ser: Os alfinetes de Slater não têm pontas” sob um duplo e indissociável viés: a violência simbólica, conforme explicitou Pierre Bourdieu, e a existência lésbica, no sentido proposto por Adrienne Rich. Pretendemos, ainda, através do estudo sobre ficções lébicas proposto por Laura Arnés, evidenciar como Woolf, ao ressignificar as relações entre corpo e texto, desestabiliza “a estrutura canônica do desejo” (2018, p. 174), abrindo para novas possibilidades de leitura e escrita.
Références
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_________. Profissões para mulheres e outros artigos feministas. São Paulo: L&PM Pocket, 2012.
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Publiée
2019-12-22
Comment citer
Nunes Galvão Caron de Oliveira, L. (2019). Uma flor em metamorfose: A existência lésbica em "Momentos de ser: "Os alfinetes de Slater não têm pontas", de Virginia Woolf. Jangada crítica | Literatura | Artes, 7(2), 106–120. https://doi.org/10.35921/jangada.v1i14.238
Numéro
Rubrique
Dossiê