IMAGES POÉTIQUES DE LA MULTIPLICITÉ TRANSVESTIUM
DOI :
https://doi.org/10.35921/jangada.v11i2.576Mots-clés :
Literatura e Gênero, Travestilidade, imagem poética, GeniRésumé
Cet article est consacré à l'étude des images poétiques de femmes travesties et trans dans « Geni e o Zepelim », de Chico Buarque (1978) et « Maldita Geni », de Bixarte (2021). L'étude comparative, en se concentrant sur le personnage Geni, ouvre des pistes de réflexion sur les similitudes et les différences qui permettent d'interpréter les aspects éthiques et esthétiques des œuvres. Pris comme objets poétiques littéraires, les textes nous permettent de réfléchir à la fois sur les aspects sociaux, qui mettent en lumière la violence quotidienne contre la communauté T, et de reconnaître des contenus qui humanisent l'existence des travestis, notamment en multipliant les possibilités d'être au monde, au-delà des stéréotypes qui ils établissent des « vérités » (BHABHA, 2014). Ce travail vise à interpréter dans les vers susmentionnés, la multiplicité des façons de vivre et d'être travesti et trans, à travers un dialogue interdisciplinaire médié par des études dans le domaine de la littérature, du genre et de la sexualité et du post-colonialisme. L'importance de l'étude des images poétiques ressort, car elles permettent de réfléchir sur la complexité des corps, en reconnaissant à la fois les contextes de violence et aussi et surtout les existences multiples des travestis, dans une perspective de respect de la vie et de prospérité.
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