Requiem æternam dona eis, Domine : a intermedialidade em 'Mar morto' e "É doce morrer no mar'

Autores/as

  • Eduardo Ramos Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.35921/jangada.v11i2.571

Palabras clave:

Intermidialidade. Música e literatura. Arte colaborativa. Dorival Caymmi. Jorge Amado.

Resumen

Este artigo busca expor o encontro de Jorge Amado e Dorival Caymmi na construção da canção É doce morrer no mar, composta em 1938 pelos dois conterrâneos baianos. A partir dos estudos de intermidialidade elaborados por Claus Cluver, Thaís Nogueira Diniz, Solange Ribeiro e Paul Steve Scher, propomos relacionar passagens da obra Mar morto, de Jorge Amado, com a canção É doce morrer no mar, de Jorge Amado e Dorival Caymmi. Sob o guarda-chuva da intermidialidade, apontamos várias interseções e traduções intersemióticas entre as duas obras, que transitam abertamente entre os espaços fronteiriços das duas linguagens: a música e a literatura, o som e a palavra.

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Publicado

2024-08-20

Cómo citar

Ramos, E. (2024). Requiem æternam dona eis, Domine : a intermedialidade em ’Mar morto’ e "É doce morrer no mar’. Jangada crítica | Literatura | Artes, 11(2), e110209. https://doi.org/10.35921/jangada.v11i2.571